Papo de Homem e ONU Mulheres produzem documentário pela igualdade de gênero

Igualdade de gênero é um dos assuntos mais discutidos nos últimos anos. Com ênfase nas mulheres, tivemos redação do Enem, Hashtag, protestos e diversas notícias. Mas onde estram os homens nesta história? Os maiores beneficiados do sistema patriarcal podem e devem ter participação na luta pela igualdade de gêneros, até pelo próprio nome: IGUALDADE. E pensando na inclusão do sexo masculino nesta pauta (não como protagonista, mas como colaboradores), o site Papo dehomem, que está no ar desde 2006 abordado assuntos do “universo masculino” como barba, cabelo e bigode, junto com a ONU Mulheres, desenvolveu um documentário que será lançado até a metade de 2016.

O machismo que beneficia os homens é o mesmo que reprimem, Frases que são repassadas durante gerações como “não chore, seja homem! ” ou “Isso é coisa de mulherzinha”, além de rebaixarem o status de ser uma mulher, tornando isso um adjetivo negativo, também é acusador de opressões internas masculinas.

Ser sensível não é ruim, chorar é necessário e ser mulher é maravilhoso! E este é um dos objetivos do documentário: a desconstrução de estereótipos de gênero, usando a perspectiva masculina sobre o tema. A seletiva para encontrar os entrevistados foi feita em viagens para as cidades de Recife, São Paulo e Rio de Janeiro, incluindo pais, jornalistas, pesquisadores, psicólogos e mulheres que estão na frente de pautas sobre igualdade de gênero. Ao longo do documentário, algumas estatísticas e notícias são mostradas e debatidas, como o caso do Maranhão, onde foi desenvolvido um grupo de conservação para trabalhar com homens que foram condenados pela Lei Maria da Penha. O resultado mostrou que só homens com conversas e tratamentos, diminui a reincidência de agressão ás mulheres para 2% de antes.

Por ser estrutural, a melhor forma de combater o machismo é com educação e conversa, mostrando os índices e propondo mudança. Precisamos deixar bem claro, que não são as mulheres querendo “tomar o lugar do homem” na sociedade, mas sim, ter um lugar na sociedade independente de seu gênero.

Outra questão para ser discutida, são as “obrigações” da mulher e do homem na sociedade. Aquelas frases como “mulher tem que cozinhar e cuidar de filhos”, “homem tem que sustentar a casa”, que não deveriam mais fazer parte do senso comum, O dever, tanto de homem quanto de mulher, é cuidar de sua vida. Se ela envolve filhos, ambos devem cuidar da criança, a responsabilidade tem que ser dos dois e ninguém merece ser diminuído ou exaltado por isso, deveríamos tratar como algo natural.

A educação pode mudar o mundo. Precisamos avançar juntos! E é essa mensagem que o documentário quer trazer.